Escolho a mais escondida cratera da minha Lua... e nela construo o meu castelo. Com os mais densos e resistentes materiais, e seguindo todas as leis da Física que conheço, construo em volta de mim estas paredes inquebráveis, sem portas nem janelas.
E deixo-me ficar. Imóvel. À espera que o tempo faça o seu papel.
Aqui não entram Príncipes Encantados, nem Sapos Amaldiçoados, nem Dragões Azuis...
Aqui, nem o vento me consegue sussurrar como fazia dantes, anunciando baixinho essa verdade desoladora de que o Tempo, sozinho, apenas por passar, nada faz; Que temos de ser nós a fazer alguma coisa com o Tempo, para que ele consiga fazer algo por nós.
É neste vazio do meu Castelo, onde nada acontece e nada mais existe senão eu, que sei que hei-de encontrar-me. Um dia as paredes serão areia... e lá fora há uma Lua imensa à espera de ser descoberta.
2 comments:
o pior é aprendermos a fazer aquilo que o Tempo precisa que façamos para nos poder ajudar...
eu acho que não sei...*
Sabes. E se não souberes, vais aprender... porque faz parte :)
Pode ser que, a seu tempo, descubras que afinal quem fez alguma coisa por ti foste tu... e não o Tempo :)
Obrigada pela visita e pelos comentários. Força nisso, miúda! ;)
Bj
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